Com olhar nas suas ancas
cambaleantes...assalto seu desespero ...
cambaleantes...assalto seu desespero ...
Meu olhar animal sobre seus quadris, verdadeiras ancas moldadas pela saia feita de pele...
(texto inspirado em uma memoria indiscreta de um espectador)
(texto inspirado em uma memoria indiscreta de um espectador)
fotos durante o espetáculo dia 29/06/2008 - por Kuaray
em cena Daniela Gué.
em cena Daniela Gué.
3 comentários:
a tragédia do outro me diz eu e outros tons do meu desespero cotidiano que se desenvolvem desde antes da rua augusta 325 e a ultrapassa.
sou eu quem me debato todas as noites com todos os que não chegaram, sou eu quem encontro os móveis habitados por todos aqueles que já partiram, sou eu quem tento me desenrolar de uma película que parece não ter fim, sou eu quem ao final desmaio em minha casa só - enquanto os outros olham o que não sabem o que seja, ou, a minha tragédia.
todas as noites me revelam que um corpo, que se move pelos cômodos da vida vazia, deseja sempre.
A tragédia do outro, no outro parece soar como sinos das seis.
A tragédia da gente na gente parece ferir como faca pontiaguda entrando na pele triste, mas a tragédia, no outro ou na gente, faz a alma se mexer, para mostrar o seu medo ou o seu desprezo.
Por natural ressentimento
o agrado do eu
estimula-se:
tragédia sempre fora a maior diversão do deus homem.
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(Estava viajando, logo irei assisti-los)
beijos!
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