terça-feira, agosto 19, 2008

Meus, teus , seus, nossos fantasmas

SEMPRE QUANDO A LUZ APAGA, A FESTA ACABA EU ME ENCONTRO SOZINH(A) E ASSUSTAD(O), O HOMEM OU A MULHER DE AÇO VOLTA A SER UMA CRIANÇA ...

(texto inspirado na lembrança de uma pessoa do público escrita durante a apresentação)

fotoKuarahy na cena Aldiane Dala Costa

5 comentários:

Anônimo disse...

criança por se sentir dependente.
criança por se sentir pequenina, do tamanho de um botão. mas com um vazio. um vazio enorme no peito. como nenhuma outra criança jamais me contou.

biamara disse...

alguém em mim não cresceu sentindo falta de -
alguém em mim sente medo do escuro e dos fantasmas da -
de um alguém que não estava lá naqueles tempos em que eu precisava de -
alguém em mim continua esperando alguém - que teça comigo uma ponte daqui ao -
mar -
alguém em mim vive todos os dias de noite -

Thaíse disse...

e eu que já não posso me esconder nos armários, tirar as gavetas da cômoda e procurar um outro escuro, agora sim, um outro escuro.

puxar a coberta e cobrir a cabeça como se esse fosse o maior de todos os escudos, agora sim, um outro escuro.

não mais papai com as pernas levantadas à exaustão segurando um cobertor pra cabaninha, agora sim, um outro escuro.

fecho os olhos e tento transformar o escuro do susto em possibilidades de surpreender-me.

Felipe Ost disse...

Hoje teu fantasma me perseguiu pelos corredores confusos de minha vida.
Mais de uma vez teu espectro se levantou diante de meus olhos, com o mesmo sorriso que já amei, e ainda não esqueci.
Tua imagem insistiu em aparecer e sumir vez após outra sem nada a me dizer.
Hoje teu fantasma assombrou meu dia e me deixou com os temores de não mais ter-la em minhas noites.

Anônimo disse...

fantasmas nao existem. existe o lado esquerdo ou o direito de dentro da gente ver la fora o escuro com gatos famintos. o meu inconsciente manifesta uma abobora com olhos de fogo e dou risada porque o dia das bruxas faz com que as lojas de fantasias, ganhem muito dinheiro com o amedrontar das criancas. mas confesso ter ficado medroso com minhas ilusoes cosmologicas